Abstract The Art of Design: a cenógrafa Es Devlin

Conheça a cenógrafa premiada que foi destaque no terceiro episódio da série ABSTRACT da Netflix.

Esse episódio da série produzida pelo Netflix, ABSTRACT: The Art of Design, tem como protagonista a premiada cenógrafa ES DEVLIN. Responsável por todas as experiências sensitivas através dos cenários de shows de ícones da música e eventos únicos.

PROCESSO CRIATIVO

No trabalho, o que mais interessa a Devlin é a psicologia do espaço. Ela, que se diz metódica, sempre segue o mesmo ritual antes de formar um conceito novo com sua equipe: ouvem as músicas, anotam os trechos preferidos e tentam achar uma poesia dentro de um espaço que apoia e dá significado ao que o artista faz.

Após inúmeras reuniões, a artista pede para sua equipe criar modelos a partir de suas ideias. Esses modelos passam por diversas transformações até chegar ao resultado final. Isso porque para Devlin, todo trabalho tem um significado único e conta uma história inédita.

Em 1995, um ano após iniciar sua vida profissional na área de cenografia, Devlin recebeu o Prêmio Linbury de Cenografia, pelo trabalho do set da peça ‘Traição’, de Harold Pinter. Es foi além das expectativas e ousou ao utilizar uma tecnologia incomum até então: projeções em todos os cenários possíveis.

Com a magia dos espelhos e das projeções, a cenógrafa se utiliza desses elementos para bagunçar e confundir a percepção de profundidade do público, como na peça The Nether e nos desfiles de moda que desenvolve, como o da Louis Vuitton 2016, onde espelhos falsos e telas de LED se misturam mostrando rostos suspensos em meio a um espaço gigante.

Após ser premiada um grande passo foi dado em sua carreira, seu trabalho começou a seguir seu próprio caminho com colaboradores interessados nas suas ideias juntamente com profissionais que se identificam com seu estilo, de clássicas peças de teatro, óperas ao redor do mundo, à divas do pop e rockstars como: Beyoncé, Adele, Rihanna, Mick Jagger, U2 e Kanye West.

O TRABALHO

“Ela é tão motivada que a imaginação dela precisa de um chofer” – Mike Bradwell – Diretor de Teatro.”

Um exemplo de conceito que a designer de cenários Es Devlin nos dá nesse episódio da série do Netflix é: Por que uma fenda de luz corta o cubo presente no cenário da turnê Formation de Beyoncé?

O conceito remete a uma lembrança da artista. A diva pop afirma que, quando criança assistia aos cultos pela TV, e quando o pastor dizia “Coloque sua mão na TV” sentia a prece, que segundo Devlin “na cabeça de uma criança, era a combinação do que a TV faz e da sensação que a linguagem e o tom da oração transmitem. Ela percebeu que esse grande bloco com a linguagem dela era outra forma de transmitir quem ela é e o que ela fala.”.

Há pouco tempo, Es foi convidada, com direito a carta branca pela grife francesa Chanel, para a seguinte missão: fazer o projeto que quisesse, mas que fosse relacionado à fragrâncias. Sendo assim, a designer criou seu conceito a partir de labirintos de espelhos, onde o público era direcionado para um pavimento que se abria cenograficamente com efeitos de luz e imagem, dando uma sensação de queda e criando uma metáfora física e escultural.

Recentemente devido a sua experiência em musicais, Es Devlin foi convidada para desenvolver uma peça que nos faz pensar sobre a relação entre música e arte, e imediatamente pensou em fazer um cubo rotatório, para projetar imagens de diversos shows que desenvolveu ao longo dos seus 20 anos de carreira.

Life is trick baby, stay in your magic!

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